Gangorra Urbana, Correio da Tarde
Nota publicada em 25 de novembro de 2010
Novela Arena das Dunas
Pronto. Soltou a franga para entender o sentimento geral. Nenhuma empresa está interessada em construir o Arena das Dunas. Obra sonhada por um grupo que quis levar a sério a afirmativa do poeta pernambucano, Jomar Muniz de Brito, que numa tarde cinzenta sobre o Potengi disse que Natal "era a Londres Nordestina". Pensar grande é um mérito. Reconheço. Mas vamos devagar com o andor que o santo é de barro. A cidade poderia manter a estrutura planejada pelo menos em curto prazo? Na verdade, a desistência por parte do grupo de empresas, cinco consórcios, deixou muita gente, digamos, desconfiadas. Por quê?
Conseqüência
A falta de transparência, elemento presente em todo o processo, ativa a imaginação popular e há quem veja nisso tudo um esquema para que se beneficie uma única construtora e depois se rateie entre as demais. Por quê? Há entendimento jurídico de que é provável a contratação direta sem licitação dada urgência que a obra exige, mesmo dentro dos critérios do PPA.
Contratação em urgência
O secretário Fernando Fernandes também não descartou outras hipóteses como a contratação de um consórcio em caráter de urgência (sem li-citação), conforme resposta do Comitê Local da Copa no Brasil e da Fifa, ou a realização de uma nova licitação. E já houve a consulta aos organizadores? Continua ele, neste último caso, as mesmas cinco empresas que demonstraram interesse no certame desta quarta-feira poderiam participar novamente e outras interessadas teriam "carta branca" para entrar na briga. Ele fala em prazos.
Mas, cadê o cronograma?
Sobre isso, o vereador Ney Júnior do DEM, presidente da Comissão de legislação e Justiça da Câmara Municipal, quer esclarecimentos. Onde está o cronograma para realização da Copa de 2014? Ney quer saber, e a gente também, do regulamento que a Fifa traçou para as cidades sedes cumprirem até a copa de 2014? Quais os investimentos necessários? Quais os prazos para conclusão desses investimentos?
TCE não conhece
O grupo que acompanha os processos sobre a copa de 2014, em Natal, formado por órgãos como o TCE e TCU não conhece o cronograma. Aliás, esse grupo estaria reunido hoje pela manhã para também discutir os novos rumos da Copa em Natal.
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Cronograma de obras da Fifa é o maior mistério do momento
Muitas Outras
Nota publicada em 25 de novembro de 2010
Na novela Arena das Dunas nada é mais grave do que a falta de transparência que envolveu todo esse projeto ao longo desses meses desde que Natal foi escolhida como cidade-sede do mundial de 2014. Mas, não é só a população que não sabe de nada. Até mesmo órgãos públicos de fiscalização como a Câmara Municipal do Natal e a Assembleia Legislativa estão "por fora" do que acontece com a coisa pública.
Mas, cadê o cronograma?
Sobre isso, o vereador Ney Júnior do DEM, presidente da Comissão de legislação e Justiça da Câmara Municipal, quer esclarecimentos.
Onde está o cronograma para realização da Copa de 2014?
Ney quer saber, e a gente também, do regulamento que a Fifa traçou para as cidades sedes cumprirem até a copa de 2014?
Quais os investimentos necessários? Quais os prazos para conclusão desses investimentos?
TCE não conhece
O grupo que acompanha os processos sobre a copa de 2014, em Natal, formado por órgãos
como o TCE e TCU não conhece o cronograma.
Aliás, esse grupo estaria reunido hoje pela manhã para também discutir os novos rumos da Copa em Natal.
Nota publicada em 25 de novembro de 2010
Na novela Arena das Dunas nada é mais grave do que a falta de transparência que envolveu todo esse projeto ao longo desses meses desde que Natal foi escolhida como cidade-sede do mundial de 2014. Mas, não é só a população que não sabe de nada. Até mesmo órgãos públicos de fiscalização como a Câmara Municipal do Natal e a Assembleia Legislativa estão "por fora" do que acontece com a coisa pública.
Mas, cadê o cronograma?
Sobre isso, o vereador Ney Júnior do DEM, presidente da Comissão de legislação e Justiça da Câmara Municipal, quer esclarecimentos.
Onde está o cronograma para realização da Copa de 2014?
Ney quer saber, e a gente também, do regulamento que a Fifa traçou para as cidades sedes cumprirem até a copa de 2014?
Quais os investimentos necessários? Quais os prazos para conclusão desses investimentos?
TCE não conhece
O grupo que acompanha os processos sobre a copa de 2014, em Natal, formado por órgãos
como o TCE e TCU não conhece o cronograma.
Aliás, esse grupo estaria reunido hoje pela manhã para também discutir os novos rumos da Copa em Natal.
Vereador Ney Lopes Jr. avalia os dois primeiros anos de mandato
Na Boca do Mundo
Nota publicada em 24 de novembro de 2010
Neste final de ano, o vereador Ney Lopes Jr.(DEM) faz um balanço das atividades realizadas na Câmara Municipal de Natal. O parlamentar, que está no exercício do primeiro mandato público, já propôs mais de 45 projetos de lei, dos quais 23 já são leis em pleno vigor em Natal. E ainda, apresentou mais de 300 requerimentos com reivindicações em favor de diversas comunidades e bairros da capital.
“Como cidadão e político, tenho trabalhado para superar os desafios que a sociedade potiguar ainda precisa transpor, e assim caminhar na justiça social e ter serviços de qualidade em áreas básicas como saúde, educação, segurança pública e infraestrutura. Meu mandato trilha esse caminho.", disse o vereador.
"Tenho proposto e conseguido aprovar leis que asseguram ao cidadão seus direitos, como por exemplo, o de ser chamado para o cargo quando aprovado em concurso público, ou ainda impor ao gestor municipal que somente inaugure uma obra quando estiver devidamente concluída. O foco é garantir o direito do cidadão, principalmente, daquele menos favorecido", continuou.
O parlamentar, também promoveu Audiências Públicas, Sessões Solenes e debates sobre temas de interesse público. Atualmente é presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, e integra as Comissões Permanentes de Planejamento Urbano, Meio Ambiente, Transporte e Habitação, Saúde, Assistência Social e Direito do Consumidor.
Em 2010, Ney Lopes Jr. disputou a eleição por uma vaga na Assembleia Legislativa e apesar de não ter obtido êxito, apresentou para todo o Rio Grande do Norte suas ações que beneficiam de forma direta a população.
No biênio 2011-2012, o vereador participará da Mesa Diretora da Câmara, na condição de vicepresidente. Jornalista e advogado, com especialização em Gestão Pública e mestrado em Direito Econômico Internacional, Ney Lopes Jr. conhece os caminhos para enfrentar os problemas da nossa cidade.
Nota publicada em 24 de novembro de 2010
Neste final de ano, o vereador Ney Lopes Jr.(DEM) faz um balanço das atividades realizadas na Câmara Municipal de Natal. O parlamentar, que está no exercício do primeiro mandato público, já propôs mais de 45 projetos de lei, dos quais 23 já são leis em pleno vigor em Natal. E ainda, apresentou mais de 300 requerimentos com reivindicações em favor de diversas comunidades e bairros da capital.
“Como cidadão e político, tenho trabalhado para superar os desafios que a sociedade potiguar ainda precisa transpor, e assim caminhar na justiça social e ter serviços de qualidade em áreas básicas como saúde, educação, segurança pública e infraestrutura. Meu mandato trilha esse caminho.", disse o vereador.
"Tenho proposto e conseguido aprovar leis que asseguram ao cidadão seus direitos, como por exemplo, o de ser chamado para o cargo quando aprovado em concurso público, ou ainda impor ao gestor municipal que somente inaugure uma obra quando estiver devidamente concluída. O foco é garantir o direito do cidadão, principalmente, daquele menos favorecido", continuou.
O parlamentar, também promoveu Audiências Públicas, Sessões Solenes e debates sobre temas de interesse público. Atualmente é presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final, e integra as Comissões Permanentes de Planejamento Urbano, Meio Ambiente, Transporte e Habitação, Saúde, Assistência Social e Direito do Consumidor.
Em 2010, Ney Lopes Jr. disputou a eleição por uma vaga na Assembleia Legislativa e apesar de não ter obtido êxito, apresentou para todo o Rio Grande do Norte suas ações que beneficiam de forma direta a população.
No biênio 2011-2012, o vereador participará da Mesa Diretora da Câmara, na condição de vicepresidente. Jornalista e advogado, com especialização em Gestão Pública e mestrado em Direito Econômico Internacional, Ney Lopes Jr. conhece os caminhos para enfrentar os problemas da nossa cidade.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Obras da Copa em Natal custarão quase R$ 850
DN Online
Nota publicada em 24 de novembro de 2010
A prioridade da prefeitura de Natal para o próximo ano será a execução das obras de mobilidade urbana necessárias para a Copa do Mundo de Futebol de 2014. No projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LOA) para 2011, a prefeita destinou 44% da arrecadação para essas obras. De acordo com a previdão da prefeitura, a Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi) receberá o maior volume de recursos: 39,47%. O orçamento previsto para o ano que vem é de R$ 2,4 bilhões. Desse valor, a expectativa é para que R$ 849 milhões sejam destinados pela União para as obras da Copa.
Com a inclusão de recursos exclusivos para os investimentos relativos à Copa do Mundo, os percentuais destinados à Saúde, Educação e Segurança, no projeto enviado pela prefeitura, caíram, apesar de o volume de recursos destinado para essas áreas ter aumentado. Neste ano, a Saúde recebeu 23,42% dos recursos do orçamento; a Educação, 17,08%; e a Segurança, 6,83%. Em 2011, a Saúde terá 20,31% dos recursos municipais; a Educação, 12,59%; e a Segurança, 0,63%. A prefeitura prevê também redução dos repasses para os setores judiciário, administrativo e de ciência e tecnologia.
O projeto já passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Natal (CMN), presidida pelo vereador Ney Lopes Júnior (DEM), e vai agora para a Comissão de Fiscalização e Finanças (CFF). Antes de ir a plenário, a LOA ainda tramitará nas comissões de Planejamento Urbano, de Saúde e de Educação.
Na próxima quinta- feira, o secretário municipal de Planejamento, Antônio Luna, apresentará oficialmente a LOA em audiência pública, na CMN. No dia 9 de dezembro, haverá uma nova audiência, com a participação de movimentos sociais, para a elaboração de emendas.
Lei deve ser aprovada até 17 de dezembro
A previsão é para que a LOA seja votada em segunda discussão até o dia 17 de dezembro. No entanto, segundo o líder da prefeita na Câmara, vereador Enildo Alves (sem partido), os vereadores vão se esforçar para votar a matéria antes da data prevista. Os vereadores só entrarão em recesso depois que votarem o orçamento.
Para o secretário municipal de Planejamento, Antônio Luna, o orçamento mostra o quanto a cidade receberá de investimentos no próximo ano. "Nossa prioridade serão as obras de mobilidade urbana necessárias para a realização da Copa. Na próxima quinta- feira, vou explicar cada ponto. Nossa arrecadação terá um grande crescimento", comemorou.
O vereador de oposição Raniere Barbosa (PRB) reclamou da falta de participação popular na elaboração do orçamento. Segundo ele, a prefeitura não tem um diagnóstico das necessidades de cada bairro, e, por isso, não atende aos anseios populares. "Esse governo não escuta o povo. A audiência de 9 de dezembro vai servir para termos participação do povo nas discussões", afirmou.
Nota publicada em 24 de novembro de 2010
A prioridade da prefeitura de Natal para o próximo ano será a execução das obras de mobilidade urbana necessárias para a Copa do Mundo de Futebol de 2014. No projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LOA) para 2011, a prefeita destinou 44% da arrecadação para essas obras. De acordo com a previdão da prefeitura, a Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi) receberá o maior volume de recursos: 39,47%. O orçamento previsto para o ano que vem é de R$ 2,4 bilhões. Desse valor, a expectativa é para que R$ 849 milhões sejam destinados pela União para as obras da Copa.
Com a inclusão de recursos exclusivos para os investimentos relativos à Copa do Mundo, os percentuais destinados à Saúde, Educação e Segurança, no projeto enviado pela prefeitura, caíram, apesar de o volume de recursos destinado para essas áreas ter aumentado. Neste ano, a Saúde recebeu 23,42% dos recursos do orçamento; a Educação, 17,08%; e a Segurança, 6,83%. Em 2011, a Saúde terá 20,31% dos recursos municipais; a Educação, 12,59%; e a Segurança, 0,63%. A prefeitura prevê também redução dos repasses para os setores judiciário, administrativo e de ciência e tecnologia.
O projeto já passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de Natal (CMN), presidida pelo vereador Ney Lopes Júnior (DEM), e vai agora para a Comissão de Fiscalização e Finanças (CFF). Antes de ir a plenário, a LOA ainda tramitará nas comissões de Planejamento Urbano, de Saúde e de Educação.
Na próxima quinta- feira, o secretário municipal de Planejamento, Antônio Luna, apresentará oficialmente a LOA em audiência pública, na CMN. No dia 9 de dezembro, haverá uma nova audiência, com a participação de movimentos sociais, para a elaboração de emendas.
Lei deve ser aprovada até 17 de dezembro
A previsão é para que a LOA seja votada em segunda discussão até o dia 17 de dezembro. No entanto, segundo o líder da prefeita na Câmara, vereador Enildo Alves (sem partido), os vereadores vão se esforçar para votar a matéria antes da data prevista. Os vereadores só entrarão em recesso depois que votarem o orçamento.
Para o secretário municipal de Planejamento, Antônio Luna, o orçamento mostra o quanto a cidade receberá de investimentos no próximo ano. "Nossa prioridade serão as obras de mobilidade urbana necessárias para a realização da Copa. Na próxima quinta- feira, vou explicar cada ponto. Nossa arrecadação terá um grande crescimento", comemorou.
O vereador de oposição Raniere Barbosa (PRB) reclamou da falta de participação popular na elaboração do orçamento. Segundo ele, a prefeitura não tem um diagnóstico das necessidades de cada bairro, e, por isso, não atende aos anseios populares. "Esse governo não escuta o povo. A audiência de 9 de dezembro vai servir para termos participação do povo nas discussões", afirmou.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Na Jordânia e Israel
Cultura/Coluna Opinião, Gazeta do Oeste
Nota publicada em 21 de novembro de 2010
Ney Lopes // www.neylopes.com.br
Sempre desejei visitar a terra santa. Aproveitei recente viagem à Alemanha e fui a Israel e Jordânia. Estes países provocam dúvidas, quanto à segurança. Inegavelmente há apreensão, da mesma forma que se tem em relação à violência no Brasil. Só que lá existem fortes medidas preventivas. Em Israel, o aparato policial é discreto. A Jordânia se protege de ações da Al-Qaeda, que em 2005 foi responsável por três atentados simultâneos, que ocorreram no Hotel Radisson de Amann, durante uma festa de casamento. A fiscalização na entrada dos hotéis assemelha-se aos nossos aeroportos. Todos são gentis e educados.
O governo da Jordânia irrita os terroristas, por ser aliado dos Estados Unidos. Fantástica a visita ao mar morto. Situado a 416 metros abaixo do nível do mar é o ponto mais baixo da superfície terrestre, onde deságua o rio Jordão, no qual Jesus se batizou. A água quente, balsâmica é dez vezes mais salgada do que a água do mar. À beira mar, a profundidade já alcança quatro metros. Imperdível pincelar a lama preta no corpo, rica em sais minerais, que rejuvenescem as pessoas. Não há vida (nem peixes, nem algas). Impossível nadar. O banhista não afunda. Flutua e pode até ler jornal, deitado na água.
Prevê-se que em 2050 este mar possa secar. A cidade de Petra, maravilha do mundo, é outra atração da Jordânia. Fundada pelos nômades nabateus no século VI a.C, Petra se transformou na rota mais importante do comércio que ligava a China, a Índia, Egito, Síria e Roma. O teatro romano esculpido na pedra dispõe de três mil lugares sentados. Petra foi descoberta pelo suíço Johann Ludwig, em 1812. Os comerciantes nabateus dominaram a cidade durante dois mil anos.
Em Amann, capital da Jordânia, ocorreu comigo e Abigail, um fato inesperado. Estava filmando mansões de milionários jordanianos, com inscrições de ouro maciço nos pórticos, quando, inopinadamente, dois seguranças seguraram a minha câmera e anunciaram a apreensão. Suspeitaram que fosse terrorista. Fiquei tenso. Toda a viagem estava registrada no equipamento. Argumentei ser brasileiro. Percebi a simpatia pelo Brasil. Perguntaram sobre a nossa seleção de futebol e a cidade de São Paulo.
Desistiram da apreensão. Porém, o medo foi grande! Em Jerusalém, certos locais sagrados não guardam a mística e a liturgia religiosa. O comércio ostensivo na via dolorosa choca o visitante católico. A cidade, ponto central do judaísmo e do cristianismo, é considerada sagrada para o Islã. Em Jerusalém foi estabelecida a primeira comunidade cristã do mundo. No monte Sião, Jesus e os discípulos celebraram a Santa Ceia.
No Getsêmane, aos pés do monte das Oliveiras, Jesus passou a noite antes de sua prisão, após ser traído por Judas. Pediu aos apóstolos que não dormissem para vigiarem o local. Todos adormeceram, sem exceção. Manifesta-se a natureza humana! As margens do mar da Galiléia, local onde Jesus exerceu o seu ministério, situam-se resorts de alto luxo. Cafarnaum, a cidade onde nasceu Pedro, Jesus curou enfermos, pregou na sinagoga e fez milagres. Originária de Belém (Cisjordânia), a sagrada família fixou-se em Nazaré, próxima a cidade de Cafarnaum.
Ao completar trinta anos, Jesus se transferiu para Cafarnaum. Em Nazaré, ninguém dava valor às suas pregações. Confirma-se na Bíblia, o ditado popular de que "santo de casa não obra milagres". Emociona conhecer Belém, no território palestino, separado de Israel por um muro de quase 10 metros de altura. Chega-se a Belém, após percorrer estreito "corredor" policiado. Uma igreja ortodoxa grega abriga o local onde Jesus nasceu. Ao lado, a igreja católica, onde é celebrada anualmente a missa do galo. Valeu à pena conhecer a Jordânia e Israel, exemplos vivos de luta contra a adversidade e pujança do povo árabe.
Nota publicada em 21 de novembro de 2010
Ney Lopes // www.neylopes.com.br
Sempre desejei visitar a terra santa. Aproveitei recente viagem à Alemanha e fui a Israel e Jordânia. Estes países provocam dúvidas, quanto à segurança. Inegavelmente há apreensão, da mesma forma que se tem em relação à violência no Brasil. Só que lá existem fortes medidas preventivas. Em Israel, o aparato policial é discreto. A Jordânia se protege de ações da Al-Qaeda, que em 2005 foi responsável por três atentados simultâneos, que ocorreram no Hotel Radisson de Amann, durante uma festa de casamento. A fiscalização na entrada dos hotéis assemelha-se aos nossos aeroportos. Todos são gentis e educados.
O governo da Jordânia irrita os terroristas, por ser aliado dos Estados Unidos. Fantástica a visita ao mar morto. Situado a 416 metros abaixo do nível do mar é o ponto mais baixo da superfície terrestre, onde deságua o rio Jordão, no qual Jesus se batizou. A água quente, balsâmica é dez vezes mais salgada do que a água do mar. À beira mar, a profundidade já alcança quatro metros. Imperdível pincelar a lama preta no corpo, rica em sais minerais, que rejuvenescem as pessoas. Não há vida (nem peixes, nem algas). Impossível nadar. O banhista não afunda. Flutua e pode até ler jornal, deitado na água.
Prevê-se que em 2050 este mar possa secar. A cidade de Petra, maravilha do mundo, é outra atração da Jordânia. Fundada pelos nômades nabateus no século VI a.C, Petra se transformou na rota mais importante do comércio que ligava a China, a Índia, Egito, Síria e Roma. O teatro romano esculpido na pedra dispõe de três mil lugares sentados. Petra foi descoberta pelo suíço Johann Ludwig, em 1812. Os comerciantes nabateus dominaram a cidade durante dois mil anos.
Em Amann, capital da Jordânia, ocorreu comigo e Abigail, um fato inesperado. Estava filmando mansões de milionários jordanianos, com inscrições de ouro maciço nos pórticos, quando, inopinadamente, dois seguranças seguraram a minha câmera e anunciaram a apreensão. Suspeitaram que fosse terrorista. Fiquei tenso. Toda a viagem estava registrada no equipamento. Argumentei ser brasileiro. Percebi a simpatia pelo Brasil. Perguntaram sobre a nossa seleção de futebol e a cidade de São Paulo.
Desistiram da apreensão. Porém, o medo foi grande! Em Jerusalém, certos locais sagrados não guardam a mística e a liturgia religiosa. O comércio ostensivo na via dolorosa choca o visitante católico. A cidade, ponto central do judaísmo e do cristianismo, é considerada sagrada para o Islã. Em Jerusalém foi estabelecida a primeira comunidade cristã do mundo. No monte Sião, Jesus e os discípulos celebraram a Santa Ceia.
No Getsêmane, aos pés do monte das Oliveiras, Jesus passou a noite antes de sua prisão, após ser traído por Judas. Pediu aos apóstolos que não dormissem para vigiarem o local. Todos adormeceram, sem exceção. Manifesta-se a natureza humana! As margens do mar da Galiléia, local onde Jesus exerceu o seu ministério, situam-se resorts de alto luxo. Cafarnaum, a cidade onde nasceu Pedro, Jesus curou enfermos, pregou na sinagoga e fez milagres. Originária de Belém (Cisjordânia), a sagrada família fixou-se em Nazaré, próxima a cidade de Cafarnaum.
Ao completar trinta anos, Jesus se transferiu para Cafarnaum. Em Nazaré, ninguém dava valor às suas pregações. Confirma-se na Bíblia, o ditado popular de que "santo de casa não obra milagres". Emociona conhecer Belém, no território palestino, separado de Israel por um muro de quase 10 metros de altura. Chega-se a Belém, após percorrer estreito "corredor" policiado. Uma igreja ortodoxa grega abriga o local onde Jesus nasceu. Ao lado, a igreja católica, onde é celebrada anualmente a missa do galo. Valeu à pena conhecer a Jordânia e Israel, exemplos vivos de luta contra a adversidade e pujança do povo árabe.
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Na Jordânia e Israel
Opinião, Diário de Natal
Nota publicada em 21 de novembro de 2010
Ney Lopes // www.neylopes.com.br
Sempre desejei visitar a terra santa. Aproveitei recente viagem à Alemanha e fui a Israel e Jordânia. Estes países provocam dúvidas, quanto à segurança. Inegavelmente há apreensão, da mesma forma que se tem em relação à violência no Brasil. Só que lá existem fortes medidas preventivas. Em Israel, o aparato policial é discreto. A Jordânia se protege de ações da Al-Qaeda, que em 2005 foi responsável por três atentados simultâneos, que ocorreram no Hotel Radisson de Amann, durante uma festa de casamento. A fiscalização na entrada dos hotéis assemelha-se aos nossos aeroportos. Todos são gentis e educados.
O governo da Jordânia irrita os terroristas, por ser aliado dos Estados Unidos. Fantástica a visita ao mar morto. Situado a 416 metros abaixo do nível do mar é o ponto mais baixo da superfície terrestre, onde deságua o rio Jordão, no qual Jesus se batizou. A água quente, balsâmica é dez vezes mais salgada do que a água do mar. À beira mar, a profundidade já alcança quatro metros. Imperdível pincelar a lama preta no corpo, rica em sais minerais, que rejuvenescem as pessoas. Não há vida (nem peixes, nem algas). Impossível nadar. O banhista não afunda. Flutua e pode até ler jornal, deitado na água.
Prevê-se que em 2050 este mar possa secar. A cidade de Petra, maravilha do mundo, é outra atração da Jordânia. Fundada pelos nômades nabateus no século VI a.C, Petra se transformou na rota mais importante do comércio que ligava a China, a Índia, Egito, Síria e Roma. O teatro romano esculpido na pedra dispõe de três mil lugares sentados. Petra foi descoberta pelo suíço Johann Ludwig, em 1812. Os comerciantes nabateus dominaram a cidade durante dois mil anos.
Em Amann, capital da Jordânia, ocorreu comigo e Abigail, um fato inesperado. Estava filmando mansões de milionários jordanianos, com inscrições de ouro maciço nos pórticos, quando, inopinadamente, dois seguranças seguraram a minha câmera e anunciaram a apreensão. Suspeitaram que fosse terrorista. Fiquei tenso. Toda a viagem estava registrada no equipamento. Argumentei ser brasileiro. Percebi a simpatia pelo Brasil. Perguntaram sobre a nossa seleção de futebol e a cidade de São Paulo.
Desistiram da apreensão. Porém, o medo foi grande! Em Jerusalém, certos locais sagrados não guardam a mística e a liturgia religiosa. O comércio ostensivo na via dolorosa choca o visitante católico. A cidade, ponto central do judaísmo e do cristianismo, é considerada sagrada para o Islã. Em Jerusalém foi estabelecida a primeira comunidade cristã do mundo. No monte Sião, Jesus e os discípulos celebraram a Santa Ceia.
No Getsêmane, aos pés do monte das Oliveiras, Jesus passou a noite antes de sua prisão, após ser traído por Judas. Pediu aos apóstolos que não dormissem para vigiarem o local. Todos adormeceram, sem exceção. Manifesta-se a natureza humana! As margens do mar da Galiléia, local onde Jesus exerceu o seu ministério, situam-se resorts de alto luxo. Cafarnaum, a cidade onde nasceu Pedro, Jesus curou enfermos, pregou na sinagoga e fez milagres. Originária de Belém (Cisjordânia), a sagrada família fixou-se em Nazaré, próxima a cidade de Cafarnaum.
Ao completar trinta anos, Jesus se transferiu para Cafarnaum. Em Nazaré, ninguém dava valor às suas pregações. Confirma-se na Bíblia, o ditado popular de que "santo de casa não obra milagres". Emociona conhecer Belém, no território palestino, separado de Israel por um muro de quase 10 metros de altura. Chega-se a Belém, após percorrer estreito "corredor" policiado. Uma igreja ortodoxa grega abriga o local onde Jesus nasceu. Ao lado, a igreja católica, onde é celebrada anualmente a missa do galo. Valeu à pena conhecer a Jordânia e Israel, exemplos vivos de luta contra a adversidade e pujança do povo árabe.
Ney Lopes, jornalista, advogado e ex-deputado federal, escreve neste espaço aos domingos.
Nota publicada em 21 de novembro de 2010
Ney Lopes // www.neylopes.com.br
Sempre desejei visitar a terra santa. Aproveitei recente viagem à Alemanha e fui a Israel e Jordânia. Estes países provocam dúvidas, quanto à segurança. Inegavelmente há apreensão, da mesma forma que se tem em relação à violência no Brasil. Só que lá existem fortes medidas preventivas. Em Israel, o aparato policial é discreto. A Jordânia se protege de ações da Al-Qaeda, que em 2005 foi responsável por três atentados simultâneos, que ocorreram no Hotel Radisson de Amann, durante uma festa de casamento. A fiscalização na entrada dos hotéis assemelha-se aos nossos aeroportos. Todos são gentis e educados.
O governo da Jordânia irrita os terroristas, por ser aliado dos Estados Unidos. Fantástica a visita ao mar morto. Situado a 416 metros abaixo do nível do mar é o ponto mais baixo da superfície terrestre, onde deságua o rio Jordão, no qual Jesus se batizou. A água quente, balsâmica é dez vezes mais salgada do que a água do mar. À beira mar, a profundidade já alcança quatro metros. Imperdível pincelar a lama preta no corpo, rica em sais minerais, que rejuvenescem as pessoas. Não há vida (nem peixes, nem algas). Impossível nadar. O banhista não afunda. Flutua e pode até ler jornal, deitado na água.
Prevê-se que em 2050 este mar possa secar. A cidade de Petra, maravilha do mundo, é outra atração da Jordânia. Fundada pelos nômades nabateus no século VI a.C, Petra se transformou na rota mais importante do comércio que ligava a China, a Índia, Egito, Síria e Roma. O teatro romano esculpido na pedra dispõe de três mil lugares sentados. Petra foi descoberta pelo suíço Johann Ludwig, em 1812. Os comerciantes nabateus dominaram a cidade durante dois mil anos.
Em Amann, capital da Jordânia, ocorreu comigo e Abigail, um fato inesperado. Estava filmando mansões de milionários jordanianos, com inscrições de ouro maciço nos pórticos, quando, inopinadamente, dois seguranças seguraram a minha câmera e anunciaram a apreensão. Suspeitaram que fosse terrorista. Fiquei tenso. Toda a viagem estava registrada no equipamento. Argumentei ser brasileiro. Percebi a simpatia pelo Brasil. Perguntaram sobre a nossa seleção de futebol e a cidade de São Paulo.
Desistiram da apreensão. Porém, o medo foi grande! Em Jerusalém, certos locais sagrados não guardam a mística e a liturgia religiosa. O comércio ostensivo na via dolorosa choca o visitante católico. A cidade, ponto central do judaísmo e do cristianismo, é considerada sagrada para o Islã. Em Jerusalém foi estabelecida a primeira comunidade cristã do mundo. No monte Sião, Jesus e os discípulos celebraram a Santa Ceia.
No Getsêmane, aos pés do monte das Oliveiras, Jesus passou a noite antes de sua prisão, após ser traído por Judas. Pediu aos apóstolos que não dormissem para vigiarem o local. Todos adormeceram, sem exceção. Manifesta-se a natureza humana! As margens do mar da Galiléia, local onde Jesus exerceu o seu ministério, situam-se resorts de alto luxo. Cafarnaum, a cidade onde nasceu Pedro, Jesus curou enfermos, pregou na sinagoga e fez milagres. Originária de Belém (Cisjordânia), a sagrada família fixou-se em Nazaré, próxima a cidade de Cafarnaum.
Ao completar trinta anos, Jesus se transferiu para Cafarnaum. Em Nazaré, ninguém dava valor às suas pregações. Confirma-se na Bíblia, o ditado popular de que "santo de casa não obra milagres". Emociona conhecer Belém, no território palestino, separado de Israel por um muro de quase 10 metros de altura. Chega-se a Belém, após percorrer estreito "corredor" policiado. Uma igreja ortodoxa grega abriga o local onde Jesus nasceu. Ao lado, a igreja católica, onde é celebrada anualmente a missa do galo. Valeu à pena conhecer a Jordânia e Israel, exemplos vivos de luta contra a adversidade e pujança do povo árabe.
Ney Lopes, jornalista, advogado e ex-deputado federal, escreve neste espaço aos domingos.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
A HORA DOS "EMPREGOS VERDES"
Cultura/Ney Lopes, Gazeta do Oeste
Nota publicada em 16 de novembro de 2010
Nota publicada em 16 de novembro de 2010
A hora dos "empregos verdes"
Diário de Natal, Opinião
Nota publicada em 14 de novembro de 2010
Ao encerrar-se o ciclo eleitoral brasileiro chega à hora de viabilizar propostas e ideias, sobretudo em nível de preservação ambiental, que tiveram grande destaque no debate sucessório presidencial. As expectativas voltam-se para a multiplicidade de carências coletivas. Um desafio parece sintetizar as esperanças nacionais. Trata-se de meios inovadores, que enfrentem o desemprego. Por mais que se coloque prioridade à saúde, à segurança pública, à educação e outros, a causa principal dos males sociais está na falta de emprego. O cidadão se amesquinha, por sentir-se inútil e incapaz de prover a sua subsistência e da família.
A propósito da oferta de novos empregos, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) lidera mobilização mundial, em torno da geração dos chamados "Green Jobs" (empregos verdes). A ideia junta o útil ao agradável. Cria empregos e contribui na preservação do meio ambiente. A iniciativa enfrenta três dos principais desafios neste século XXI: o fenômeno das mudanças climáticas, o fantasma da crise econômica e o déficit de postos de trabalho.
Para a OIT, o conceito de "empregos verdes" resume a transformação das economias, das empresas, dos ambientes de trabalho e dos mercados laborais em direção a uma economia sustentável que proporcione trabalho decente, com baixo consumo de carbono.
A previsão é que os "empregos verdes" elevem mais de 1,3 bilhões de pessoas acima da linha da pobreza e ofereçam funções dignas para 500 milhões de jovens que ingressarão no mercado de trabalho durante os próximos 10 anos, em todo o mundo.
Os "empregos verdes" contribuirão, ainda, para que 1,6 bilhões de pessoas tenham acesso a formas modernas de energia elétrica, moradias dignas e sistema de saneamento para mais de um bilhão de habitantes dos bairros pobres, nas megacidades globais.
Além disso, contribuem para reduzir o consumo de energia e matérias-primas, evitando dessa forma as emissões de gases de efeito estufa. Reduzem, igualmente, os resíduos e a contaminação, bem como restabelecem os serviços do ecossistema como a água pura e a proteção da biodiversidade. Estes postos de trabalho estariam concentrados na agricultura, indústria, construção civil, instalação e manutenção, atividades científicas, técnicas, administrativas e de serviços, que contribuem substancialmente para a preservação ou restauração da qualidade ambiental.
Apenas no setor de construção civil, o consumo de energia pode reduzir até em 30%, a custo zero até 2030. Na Alemanha, um programa iniciado em 2001, já resultou na construção de cerca de 300 mil apartamentos por ano e na redução de 2 mil toneladas de gás carbônico anuais. Foram criados 200 mil empregos diretos. Cada euro público destinado ao programa atraiu outros 4 a 5 euros de investimentos privados. Vários estudos colocam os "empregos verdes" como o rumo do trabalho decente em um mundo sustentável, com baixas emissões de carbono.
A Organização Mundial do Trabalho (OIT) estima a criação de cerca de 2 bilhões dos chamados empregos verdes até 2050, na medida em que as empresas mudem as tecnologias usadas na linha de produção para uma economia de baixo carbono.
Com a palavra o novo governo brasileiro. É possível o país assumir posição de liderança na América Latina, na geração de "empregos verdes". Aguardemos!
Ney Lopes, jornalista, advogado e ex-deputado federal, escreve neste espaço aos domingos.
Nota publicada em 14 de novembro de 2010
Ao encerrar-se o ciclo eleitoral brasileiro chega à hora de viabilizar propostas e ideias, sobretudo em nível de preservação ambiental, que tiveram grande destaque no debate sucessório presidencial. As expectativas voltam-se para a multiplicidade de carências coletivas. Um desafio parece sintetizar as esperanças nacionais. Trata-se de meios inovadores, que enfrentem o desemprego. Por mais que se coloque prioridade à saúde, à segurança pública, à educação e outros, a causa principal dos males sociais está na falta de emprego. O cidadão se amesquinha, por sentir-se inútil e incapaz de prover a sua subsistência e da família.
A propósito da oferta de novos empregos, a OIT (Organização Internacional do Trabalho) lidera mobilização mundial, em torno da geração dos chamados "Green Jobs" (empregos verdes). A ideia junta o útil ao agradável. Cria empregos e contribui na preservação do meio ambiente. A iniciativa enfrenta três dos principais desafios neste século XXI: o fenômeno das mudanças climáticas, o fantasma da crise econômica e o déficit de postos de trabalho.
Para a OIT, o conceito de "empregos verdes" resume a transformação das economias, das empresas, dos ambientes de trabalho e dos mercados laborais em direção a uma economia sustentável que proporcione trabalho decente, com baixo consumo de carbono.
A previsão é que os "empregos verdes" elevem mais de 1,3 bilhões de pessoas acima da linha da pobreza e ofereçam funções dignas para 500 milhões de jovens que ingressarão no mercado de trabalho durante os próximos 10 anos, em todo o mundo.
Os "empregos verdes" contribuirão, ainda, para que 1,6 bilhões de pessoas tenham acesso a formas modernas de energia elétrica, moradias dignas e sistema de saneamento para mais de um bilhão de habitantes dos bairros pobres, nas megacidades globais.
Além disso, contribuem para reduzir o consumo de energia e matérias-primas, evitando dessa forma as emissões de gases de efeito estufa. Reduzem, igualmente, os resíduos e a contaminação, bem como restabelecem os serviços do ecossistema como a água pura e a proteção da biodiversidade. Estes postos de trabalho estariam concentrados na agricultura, indústria, construção civil, instalação e manutenção, atividades científicas, técnicas, administrativas e de serviços, que contribuem substancialmente para a preservação ou restauração da qualidade ambiental.
Apenas no setor de construção civil, o consumo de energia pode reduzir até em 30%, a custo zero até 2030. Na Alemanha, um programa iniciado em 2001, já resultou na construção de cerca de 300 mil apartamentos por ano e na redução de 2 mil toneladas de gás carbônico anuais. Foram criados 200 mil empregos diretos. Cada euro público destinado ao programa atraiu outros 4 a 5 euros de investimentos privados. Vários estudos colocam os "empregos verdes" como o rumo do trabalho decente em um mundo sustentável, com baixas emissões de carbono.
A Organização Mundial do Trabalho (OIT) estima a criação de cerca de 2 bilhões dos chamados empregos verdes até 2050, na medida em que as empresas mudem as tecnologias usadas na linha de produção para uma economia de baixo carbono.
Com a palavra o novo governo brasileiro. É possível o país assumir posição de liderança na América Latina, na geração de "empregos verdes". Aguardemos!
Ney Lopes, jornalista, advogado e ex-deputado federal, escreve neste espaço aos domingos.
sábado, 13 de novembro de 2010
Coluna Marcos e Sadepaula
Social/Coluna Marcos e Sadepaula, Novo Jornal
Nota publicada em 12 de novembro de 2010
Nota publicada em 12 de novembro de 2010
Coluna Simone Silva
Cultura/Coluna Simone Silva, O Jornal de Hoje
Nota publicda em 11 de novembro de 2010
Nota publicda em 11 de novembro de 2010
Homenagem póstuma
Versátil News
Nota publicada em 11 de novembro de 2010
Às 18h desta quinta, a Câmara Municipal fará uma solenidade de homenagem póstuma ao professor Leide Morais, ex-diretor da Maternidade Januário Cicco. A homenagem é uma iniciativa do vereador Ney Lopes Jr.
Memória de Leide Morais será reverendada no plenário do Palácio Frei Miguelinho
Nota publicada em 11 de novembro de 2010
Às 18h desta quinta, a Câmara Municipal fará uma solenidade de homenagem póstuma ao professor Leide Morais, ex-diretor da Maternidade Januário Cicco. A homenagem é uma iniciativa do vereador Ney Lopes Jr.
Memória de Leide Morais será reverendada no plenário do Palácio Frei Miguelinho
Câmara Municipal de Natal homenageia Leide Morais
Arquivo SA
Nota publicada em 10 de novembro de 2010
Por iniciativa do vereador Ney Lopes Jr.(DEM), a Câmara Municipal realizará Sessão Solene próxima quinta-feira, dia 11, às 18h, para uma homenagem póstuma ao professor Leide Morais, ex-diretor da Maternidade Januário Cicco. A solenidade faz parte das comemorações dos 60 anos da Instituição Federal.
Quem foi Leide Morais?
Pai, esposo, avô. Foi professor, Tenente-Coronel, Diretor da Maternidade Escola Januário Cicco. Como gestor realizou muito pela Saúde Pública do Rio Grande Norte. Se estivesse entre nós teria hoje 83 anos. Criou o atendimento ambulatorial da Polícia Militar, de 1953 a 1962, e que foi o embrião do Hospital Coronel Pedro Germano, inaugurado em 1963.
No ano de 1961, por indicação de Onofre Lopes, substituiu João Tinoco, que renunciara à cátedra da Faculdade de Medicina, por motivo de saúde. Na mesma época foi nomeado, também, diretor da Maternidade Escola Januário Cicco. A meta primordial era transformar uma maternidade assistencial em um hospital de ensino e estruturar a disciplina de obstetrícia que funcionaria dentro de dois anos.
Leide Morais dirigiu a MEJC durante 28 anos. De 1961 a 1989. Nesse período instalou a cátedra de obstetrícia; promoveu a integração com a ginecologia, criando o departamento de toco-ginecologia; fundou a Residência Médica; instalou diversos serviços de especialidades, para o atendimento da mulher (anestesiologia, urologia, mastologia, endocrinologia, citopatologia, infertilidade, etc.); estimulou bases de pesquisas; promoveu a qualificação do quadro de professores, com a formação de mestres e doutores.
Atualmente seu legado é lembrando pela comunidade acadêmica bem como pela administração pública que o homenageou coma inauguração do busto na Maternidade Escola e também o nome de uma Maternidade na Zona Norte do município de Natal.
Nota publicada em 10 de novembro de 2010
Por iniciativa do vereador Ney Lopes Jr.(DEM), a Câmara Municipal realizará Sessão Solene próxima quinta-feira, dia 11, às 18h, para uma homenagem póstuma ao professor Leide Morais, ex-diretor da Maternidade Januário Cicco. A solenidade faz parte das comemorações dos 60 anos da Instituição Federal.
Quem foi Leide Morais?
Pai, esposo, avô. Foi professor, Tenente-Coronel, Diretor da Maternidade Escola Januário Cicco. Como gestor realizou muito pela Saúde Pública do Rio Grande Norte. Se estivesse entre nós teria hoje 83 anos. Criou o atendimento ambulatorial da Polícia Militar, de 1953 a 1962, e que foi o embrião do Hospital Coronel Pedro Germano, inaugurado em 1963.
No ano de 1961, por indicação de Onofre Lopes, substituiu João Tinoco, que renunciara à cátedra da Faculdade de Medicina, por motivo de saúde. Na mesma época foi nomeado, também, diretor da Maternidade Escola Januário Cicco. A meta primordial era transformar uma maternidade assistencial em um hospital de ensino e estruturar a disciplina de obstetrícia que funcionaria dentro de dois anos.
Leide Morais dirigiu a MEJC durante 28 anos. De 1961 a 1989. Nesse período instalou a cátedra de obstetrícia; promoveu a integração com a ginecologia, criando o departamento de toco-ginecologia; fundou a Residência Médica; instalou diversos serviços de especialidades, para o atendimento da mulher (anestesiologia, urologia, mastologia, endocrinologia, citopatologia, infertilidade, etc.); estimulou bases de pesquisas; promoveu a qualificação do quadro de professores, com a formação de mestres e doutores.
Atualmente seu legado é lembrando pela comunidade acadêmica bem como pela administração pública que o homenageou coma inauguração do busto na Maternidade Escola e também o nome de uma Maternidade na Zona Norte do município de Natal.
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
LEIDE MORAIS RECEBE HOMENAGEM PÓSTUMA
Na Hora H
Nota publicada em 10 de novembro de 2010
A Câmara Municipal realiza nesta quinta-feira (11), às 18h, Sessão Solene para uma homenagem póstuma ao professor Leide Morais, ex-diretor da Maternidade Januário Cicco.
A solenidade faz parte das comemorações dos 60 anos da Instituição Federal e a iniciativa é do vereador Ney Lopes Jr.(DEM).
Leide Morais foi professor, Tenente-Coronel, Diretor da Maternidade Escola Januário Cicco. Como gestor realizou muito pela Saúde Pública do Rio Grande Norte. Criou o atendimento ambulatorial da Polícia Militar, de 1953 a 1962, e que foi o embrião do Hospital Coronel Pedro Germano, inaugurado em 1963.
Dirigiu a MEJC durante 28 anos, de 1961 a 1989. Nesse período instalou a cátedra de obstetrícia;promoveu a integração com a ginecologia, criando o departamento de toco-ginecologia; fundou a Residência Médica; instalou diversos serviços de especialidades, para o atendimento da mulher (anestesiologia, urologia, mastologia, endocrinologia, citopatologia, infertilidade, etc.); estimulou bases de pesquisas; promoveu a qualificação do quadro de professores, com a formação de mestres e doutores.
Foi homenageado com a inauguração do busto na Maternidade Escola e também com o nome de uma Maternidade na Zona Norte do município de Natal.
Faleceu em Natal no dia 6 de fevereiro de 1998. Se estivesse vivo, estaria hoje com 83 anos.
Nota publicada em 10 de novembro de 2010
A Câmara Municipal realiza nesta quinta-feira (11), às 18h, Sessão Solene para uma homenagem póstuma ao professor Leide Morais, ex-diretor da Maternidade Januário Cicco.
A solenidade faz parte das comemorações dos 60 anos da Instituição Federal e a iniciativa é do vereador Ney Lopes Jr.(DEM).
Leide Morais foi professor, Tenente-Coronel, Diretor da Maternidade Escola Januário Cicco. Como gestor realizou muito pela Saúde Pública do Rio Grande Norte. Criou o atendimento ambulatorial da Polícia Militar, de 1953 a 1962, e que foi o embrião do Hospital Coronel Pedro Germano, inaugurado em 1963.
Dirigiu a MEJC durante 28 anos, de 1961 a 1989. Nesse período instalou a cátedra de obstetrícia;promoveu a integração com a ginecologia, criando o departamento de toco-ginecologia; fundou a Residência Médica; instalou diversos serviços de especialidades, para o atendimento da mulher (anestesiologia, urologia, mastologia, endocrinologia, citopatologia, infertilidade, etc.); estimulou bases de pesquisas; promoveu a qualificação do quadro de professores, com a formação de mestres e doutores.
Foi homenageado com a inauguração do busto na Maternidade Escola e também com o nome de uma Maternidade na Zona Norte do município de Natal.
Faleceu em Natal no dia 6 de fevereiro de 1998. Se estivesse vivo, estaria hoje com 83 anos.
Câmara Municipal de Natal homenageia professor Leide Morais
Na Boca do Mundo
Nota publicada em 10 de novembro de 2010
Por iniciativa do vereador Ney Lopes Jr.(DEM), a Câmara Municipal realizará Sessão Solene nesta quinta-feira (11), às 18h, para uma homenagem póstuma ao professor Leide Morais, ex-diretor da Maternidade Januário Cicco. A solenidade faz parte das comemorações dos 60 anos da Instituição Federal.
Quem foi Leide Morais?
Pai, esposo, avô. Foi professor, Tenente-Coronel, Diretor da Maternidade Escola Januário Cicco. Como gestor realizou muito pela Saúde Pública do Rio Grande Norte. Se estivesse entre nós teria hoje 83 anos. Criou o atendimento ambulatorial da Polícia Militar, de 1953 a 1962, e que foi o embrião do Hospital Coronel Pedro Germano, inaugurado em 1963.
No ano de 1961, por indicação de Onofre Lopes, substituiu João Tinoco, que renunciara à cátedra da Faculdade de Medicina, por motivo de saúde. Na mesma época foi nomeado, também, diretor da Maternidade Escola Januário Cicco. A meta primordial era transformar uma maternidade assistencial em um hospital de ensino e estruturar a disciplina de obstetrícia que funcionaria dentro de dois anos.
Leide Morais dirigiu a MEJC durante 28 anos. De 1961 a 1989. Nesse período instalou a cátedra de obstetrícia; promoveu a integração com a ginecologia, criando o departamento de toco-ginecologia; fundou a Residência Médica; instalou diversos serviços de especialidades, para o atendimento da mulher (anestesiologia, urologia, mastologia, endocrinologia, citopatologia, infertilidade, etc.); estimulou bases de pesquisas; promoveu a qualificação do quadro de professores, com a formação de mestres e doutores.
Atualmente seu legado é lembrando pela comunidade acadêmica bem como pela administração pública que o homenageou coma inauguração do busto na Maternidade Escola e também o nome de uma Maternidade na Zona Norte do município de Natal.
Nota publicada em 10 de novembro de 2010
Por iniciativa do vereador Ney Lopes Jr.(DEM), a Câmara Municipal realizará Sessão Solene nesta quinta-feira (11), às 18h, para uma homenagem póstuma ao professor Leide Morais, ex-diretor da Maternidade Januário Cicco. A solenidade faz parte das comemorações dos 60 anos da Instituição Federal.
Quem foi Leide Morais?
Pai, esposo, avô. Foi professor, Tenente-Coronel, Diretor da Maternidade Escola Januário Cicco. Como gestor realizou muito pela Saúde Pública do Rio Grande Norte. Se estivesse entre nós teria hoje 83 anos. Criou o atendimento ambulatorial da Polícia Militar, de 1953 a 1962, e que foi o embrião do Hospital Coronel Pedro Germano, inaugurado em 1963.
No ano de 1961, por indicação de Onofre Lopes, substituiu João Tinoco, que renunciara à cátedra da Faculdade de Medicina, por motivo de saúde. Na mesma época foi nomeado, também, diretor da Maternidade Escola Januário Cicco. A meta primordial era transformar uma maternidade assistencial em um hospital de ensino e estruturar a disciplina de obstetrícia que funcionaria dentro de dois anos.
Leide Morais dirigiu a MEJC durante 28 anos. De 1961 a 1989. Nesse período instalou a cátedra de obstetrícia; promoveu a integração com a ginecologia, criando o departamento de toco-ginecologia; fundou a Residência Médica; instalou diversos serviços de especialidades, para o atendimento da mulher (anestesiologia, urologia, mastologia, endocrinologia, citopatologia, infertilidade, etc.); estimulou bases de pesquisas; promoveu a qualificação do quadro de professores, com a formação de mestres e doutores.
Atualmente seu legado é lembrando pela comunidade acadêmica bem como pela administração pública que o homenageou coma inauguração do busto na Maternidade Escola e também o nome de uma Maternidade na Zona Norte do município de Natal.
HOMENAGEM
Rodrigo Loureiro, Gazeta do Oeste
Nota publicada em 10 de novembro de 2010
Por iniciativa do vereador Ney Lopes Jr. (DEM), a Câmara Municipal realizará Sessão Solene próxima quinta-feira, dia 11, às 18h, para uma homenagem póstuma ao professor Leide Morais, ex-diretor da Maternidade Januário Cicco. A solenidade faz parte das comemorações dos 60 anos da Instituição Federal.
Nota publicada em 10 de novembro de 2010
Por iniciativa do vereador Ney Lopes Jr. (DEM), a Câmara Municipal realizará Sessão Solene próxima quinta-feira, dia 11, às 18h, para uma homenagem póstuma ao professor Leide Morais, ex-diretor da Maternidade Januário Cicco. A solenidade faz parte das comemorações dos 60 anos da Instituição Federal.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Coluna Rosalie Arruda
Rosalie Arruda, Correio da Tarde
Nota publicada em 03 de novembro de 2010
Noite carioca. Na platéia do Monobloco a animação politicamente correta do vereador Ney Junior
Nota publicada em 03 de novembro de 2010
Noite carioca. Na platéia do Monobloco a animação politicamente correta do vereador Ney Junior
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
O voto e Raquel de Queiroz
Opinião, Diário de Natal
Nota publicada em 31 de outubro de 2010
Ney Lopes, Jornalista, advogado e ex-deputado federal www.neylopes.com.br - nl@neylopes.com.br
Nada mais atual para ler hoje, dia do segundo turno das eleições presidenciais brasileiras, do que alguns trechos do artigo escrito em 1947 pela consagrada escritora Raquel de Queiroz, intitulado "Votar".
"Pelo voto não se serve a um amigo, não se combate um inimigo, não se presta ato de obediência a um chefe, não se satisfaz uma simpatia. Pelo voto a gente escolhe, de maneira definitiva e irrecorrível, o indivíduo ou grupo de indivíduos que nos vão governar, por determinado prazo de tempo.
"Escolhemos igualmente pelo voto aqueles que nos vão cobrar impostos e, pior ainda, aqueles que irão estipular a quantidade desses impostos. Vejam como é grave a escolha desses "cobradores". Uma vez lá em cima podem nos arrastar à penúria, nos chupar a última gota de sangue do corpo, nos arrancar o último vintém do bolso.
"E, por falar em dinheiro, pelo voto escolhem-se não só aqueles que vão receber, guardar e gerir afazenda pública, mas também se escolhem aqueles que vão "fabricar" o dinheiro.
"Escolhem-se nas eleições aqueles que têm direito de demitir e nomear funcionários, e presidir a existência de todo o organismo burocrático.
"E assim, amigos, quando vocês forem levianamente levar um voto para o Sr. Fulaninho, que lhes fez um favor, ou para o Senhor Sicrano, que tem tanta vontade de ser governador, coitadinho, ou para Beltrano que é tão amável, parou o automóvel, lhes deu uma carona e depois solicitou o seu sufrágio, lembrem-se de que não vão proporcionar a esses sujeitos um simples emprego bem remunerado. Vão lhes entregar um poder enorme e temeroso. Vão fazê-los reis; vão lhes dar soldados para eles comandarem e soldados são homens cuja principal virtude é a cega obediência às ordens dos chefes. Votando, fazemos dos votados nossos representantes legítimos, passando-lhes procuração para agirem em nosso lugar, como se nós próprios fossem. Entregamos a esses homens tanques, metralhadoras, canhões, granadas, aviões, submarinos, navios de guerra - e a flor da nossa mocidade, a eles presa por um juramento de fidelidade. E tudo isso pode se virar contra nós e nos destruir, como o mostro Frankenstein se virou contra o seu amo e criador.
"Votem, irmãos, votem. Mas pensem bem antes. Votar não é assunto indiferente, é questão pessoal! Escolham com calma, pesem e meçam os candidatos, com muito mais paciência e desconfiança do que se estivessem escolhendo uma noiva ... O governo, quando é ruim, ... nos põe na rua, tira o último pedaço de pão da boca dos nossos filhos e nos faz apodrecer na cadeia. E quando a gente não se conforma, nos intitula de revoltoso e dá cabo de nós a ferro e fogo.
"E agora um conselho final, que pode parecer um mau conselho, mas no fundo é muito honesto. Meu amigo e leitor, se você estiver comprometido a votar com alguém, se sofrer pressão de algum poderoso para sufragar este ou aquele candidato, não se preocupe. Não se prenda infantilmente a uma promessa arrancada à sua pobreza, à sua dependência ou à sua timidez. Lembre-se de que o voto é secreto. Se o obrigam a prometer, prometa. Se tem medo de dizer não, diga sim. O crime não é seu, mas de quem tenta violar a sua livre escolha. Se, do lado de fora da seção eleitoral, você depende e tem medo, não se esqueça de que dentro da cabine indevassável você é livre. Falte com a palavra dada à força e escute apenas a sua consciência. Palavras o vento leva, mas a consciência não muda nunca, acompanha a gente até o inferno".
Nota publicada em 31 de outubro de 2010
Ney Lopes, Jornalista, advogado e ex-deputado federal www.neylopes.com.br - nl@neylopes.com.br
Nada mais atual para ler hoje, dia do segundo turno das eleições presidenciais brasileiras, do que alguns trechos do artigo escrito em 1947 pela consagrada escritora Raquel de Queiroz, intitulado "Votar".
"Pelo voto não se serve a um amigo, não se combate um inimigo, não se presta ato de obediência a um chefe, não se satisfaz uma simpatia. Pelo voto a gente escolhe, de maneira definitiva e irrecorrível, o indivíduo ou grupo de indivíduos que nos vão governar, por determinado prazo de tempo.
"Escolhemos igualmente pelo voto aqueles que nos vão cobrar impostos e, pior ainda, aqueles que irão estipular a quantidade desses impostos. Vejam como é grave a escolha desses "cobradores". Uma vez lá em cima podem nos arrastar à penúria, nos chupar a última gota de sangue do corpo, nos arrancar o último vintém do bolso.
"E, por falar em dinheiro, pelo voto escolhem-se não só aqueles que vão receber, guardar e gerir afazenda pública, mas também se escolhem aqueles que vão "fabricar" o dinheiro.
"Escolhem-se nas eleições aqueles que têm direito de demitir e nomear funcionários, e presidir a existência de todo o organismo burocrático.
"E assim, amigos, quando vocês forem levianamente levar um voto para o Sr. Fulaninho, que lhes fez um favor, ou para o Senhor Sicrano, que tem tanta vontade de ser governador, coitadinho, ou para Beltrano que é tão amável, parou o automóvel, lhes deu uma carona e depois solicitou o seu sufrágio, lembrem-se de que não vão proporcionar a esses sujeitos um simples emprego bem remunerado. Vão lhes entregar um poder enorme e temeroso. Vão fazê-los reis; vão lhes dar soldados para eles comandarem e soldados são homens cuja principal virtude é a cega obediência às ordens dos chefes. Votando, fazemos dos votados nossos representantes legítimos, passando-lhes procuração para agirem em nosso lugar, como se nós próprios fossem. Entregamos a esses homens tanques, metralhadoras, canhões, granadas, aviões, submarinos, navios de guerra - e a flor da nossa mocidade, a eles presa por um juramento de fidelidade. E tudo isso pode se virar contra nós e nos destruir, como o mostro Frankenstein se virou contra o seu amo e criador.
"Votem, irmãos, votem. Mas pensem bem antes. Votar não é assunto indiferente, é questão pessoal! Escolham com calma, pesem e meçam os candidatos, com muito mais paciência e desconfiança do que se estivessem escolhendo uma noiva ... O governo, quando é ruim, ... nos põe na rua, tira o último pedaço de pão da boca dos nossos filhos e nos faz apodrecer na cadeia. E quando a gente não se conforma, nos intitula de revoltoso e dá cabo de nós a ferro e fogo.
"E agora um conselho final, que pode parecer um mau conselho, mas no fundo é muito honesto. Meu amigo e leitor, se você estiver comprometido a votar com alguém, se sofrer pressão de algum poderoso para sufragar este ou aquele candidato, não se preocupe. Não se prenda infantilmente a uma promessa arrancada à sua pobreza, à sua dependência ou à sua timidez. Lembre-se de que o voto é secreto. Se o obrigam a prometer, prometa. Se tem medo de dizer não, diga sim. O crime não é seu, mas de quem tenta violar a sua livre escolha. Se, do lado de fora da seção eleitoral, você depende e tem medo, não se esqueça de que dentro da cabine indevassável você é livre. Falte com a palavra dada à força e escute apenas a sua consciência. Palavras o vento leva, mas a consciência não muda nunca, acompanha a gente até o inferno".
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