Matéria publicada em 31 de março de 2009

O senador José Agripino (DEM) reuniu a imprensa do Rio Grande do Norte ontem pela manhã, na sede do diretório estadual do Democratas, para dizer que está sendo alvo de perseguição política de parte do governo federal.
Ao lado da também senadora Rosalba Ciarlini (DEM), do vereador natalense Ney Lopes Júnior (DEM) e do deputado estadual José Adécio (DEM) o parlamentar apresentou todas as notas da doação da empresa Camargo Corrêa, acusada de ter entre seu quadro de funcionários uma quadrilha que atuava em esquema de lavagem de dinheiro e repassava parte dos recursos a partidos políticos.
De acordo com Agripino, a documentação prova que ocorreu tudo dentro da legalidade porque doações de empresas privadas a partidos políticos estão previstas na lei eleitoral. "Na hora que fazer o que é legal for motivo de vergonha, o país acabou", acrescentou o presidente estadual do DEM que afirmou que o partido antecipará a prestação de contas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE/RN).
O senador disse que a empresa Camargo Corrêa fez uma doação ao diretório estadual do DEM e não a ele. Sob essa ótica, Agripino entende que foi alvo de perseguição política por parte do governo do presidente Lula. "A doação foi feita ao meu partido e não a mim. Em nenhum momento citam isso. Só falam no nome do senador José Agripino. Quem recebeu a maior doação da Camargo Corrêa foi a mulher do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. Isso mostra claramente a perseguição", argumentou.
Agripino também disse que manterá firme o seu projeto de ser reeleito senador. "Tentaram me emparedar, mas não conseguiram. Eles não vão conseguir manchar minha imagem", frisou.
“Grande imprensa” ignora coletiva
Considerado por vários analistas políticos do Rio Grande do Norte como o parlamentar potiguar de maior influência nos meios de comunicação do eixo Rio/São Paulo/Brasília, o senador José Agripino não tornou sua entrevista coletiva um fato de repercussão nacional.
Tomando por base a Internet, O Mossoroense pesquisou a repercussão da entrevista de Agripino nos sites de jornais como Correio Brasiliense, Folha de S. Paulo, O Globo e Estado de S. Paulo. Em nenhum deles havia qualquer menção às justificativas do parlamentar.
O mesmo foi feito nos blogs. Jornalistas como Ricardo Noblat, Anselmo de Góes, Josias de Souza e Fernando Rodrigues não citaram a coletiva do parlamentar potiguar.
Já em âmbito estadual, o fato ganhou grande repercussão. Praticamente todos os sites e blogs noticiaram o fato seja destacando o parlamentar como vítima, seja colocando as suas explicações em descrédito.
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