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Notas publicadas em 12 de maio de 2009
CEI dos remédios vencidos
Escândalo dos Medicamentos será apurado através de Comissão Especial de Inquérito
Terminada a sessão da Câmara nesta segunda, após o relatório da sindicância realizada para apurar o escândalo dos medicamentos vencidos, o presidente da Comissão de Saúde da Casa, vereador Franklin Capistrano (PSB), disse que os parlamentares vão instalar uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para continuar a investigação e responsabilizar os culpados.
Para Franklin, o legislativo municipal está cumprindo seu papel de controle social ao fiscalizar e apurar as denúncias.
“A Casa vai analisar a questão com profundidade na Comissão Especial de Inquérito e o resultado da nossa apuração será encaminhado à gestão municipal”, falou Franklin Capistrano.
Após a discussão do relatório, que o Blog publicou detalhes, os vereadores George Câmara (PCdoB), Enildo Alves (PSB), Ney Lopes Júnior (DEM), Hermano Morais (PMDB), Raniere Barbosa (PRB), Paulo Wagner (PV) e Albert Dickson (PP), foram convocados por Franklin Capistrano para se reunir e definir as ações a serem tomadas para agilizar a instalação da CEI.
Escândalo dos Medicamentos Vencidos
Sindicância aponta mais irregularidades do que as que já foram publicadas na imprensa
O resultado de uma sindicância interna para apurar o escândalo dos medicamentos vencidos, será lido agora à tarde na Câmara Municipal, durante uma audiência pública.
No relatório assinado pela presidente da comissão, e auditora do Município, Ana Tereza Fiúza Mota; pela controladora geral do Município, Regina Bezerra da Mota; e por José Osvaldo Ferreira Borges, os problemas encontrados são mais graves do que os que foram publicados até o momento.
Segundo o relatório, feito com base em documentos da gestão do ex-prefeito Carlos Eduardo, foi constatado que, ao contrário do que declarou o ex-secretário de Saúde, Edmilson Albuquerque, a Urbana recolheu sim, remédios vencidos no ano passado.
E mais: jogou fora mais de 50 mil litros de fórmulas líquidas.
Nos cálculos do relatório, 536 “bambonas” de 200 litros foram deixadas com prazo de validade vencida...o que dá um total de mais de 100 mil litros de remédios desperdiçados.
O relatório mostra que era prática comum, na gestão anterior, jogar remédio vencido pelo ralo.
As caixas de comprimidos eram abertas, os remédios jogados e os frascos deixados no lixo comum.
Com as fórmulas líquidas ocorria a mesma coisa: o vidro era aberto, o medicamento derramado, e o frasco jogado no lixo.
Os remédios derramados no ralo, segundo um relatório do ano passado, que serviu de base para a sindicância, são uma verdadeira ameaça ao meio ambiente, vez que podem contaminar o lençol freático já tão contaminado de Natal.
Mais....
Foi comprovada a existência de veneno para matar ratos no galpão que acondicionava os medicamentos, já que um documento, da gestão anterior, pedia a retirada dos mesmos que estavam, à época, causando intoxicações em funcionários do setor.
As notas fiscais analisadas pela sindicância, 233 ao todo, num total de 4 milhões, 394 mil, 162 reais, estavam quase todas – 99% - sem assinatura no carimbo do certificado de recebimento.
Também não havia datas.
E mais...
Segundo depoimentos anexados, a razão desse desencontro de informações nas notas era mais grave ainda: em grande parte, as notas eram assinadas mas os medicamentos não chegavam.
E ainda, que muitos remédios foram entregues ao Município, com prazota de validade vencido.
Ai, ai...
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