quarta-feira, 3 de junho de 2009

Cei dos remédios // Ex-adjunta depõe à comissão

Política, Diário de Natal
Matéria publicada em 2 de junho de 2009

A ex-secretária adjunta da Saúde de Natal, na gestão de Carlos Eduardo Alves (PDT), Mariza Sandra de Araújo, afirmou, em depoimento à CEI dos Medicamentos, na manhã de ontem, que a ex-titular da pasta, Maria Aparecida França, leu o relatório da sindicância aberta pelo Ministério da Saúde e que, portanto, sabia das irregularidades envolvendo o armazenamento dos remédios que seriam distribuídos nos postos da capital.

Mariza tentou descreditar os fatos relatados no relatório, citados pelos parlamentares membros da Comissão durante o testemunho, alegando que não se tratava de um documento público, e acabou revelando que ela e a ex-secretária tiveram acesso às informações. O grupo foi unânime em dizer que o argumento não era válido. "Não se pode desconsiderar relatos como esses sem antes constatá-los", disse o vereador Ney Lopes Jr. (DEM), que faz parte das investigações. Para ele, a atitude atesta a negligência com a qual elas trabalhavam.

De acordo com o depoimento de Mariza, além do relatório do Ministério daSaúde, outros documentos abordando os mesmos temas chegaram às mãos de Aparecida França, como memorandos do Departamento de Material e Patrimônio da Secretaria. Alguns deles, inclusive, tratavam da climatização do galpão onde os medicamentos era armazenados. Mariza ainda admitiu que quando o depósito mudou de endereço, em junho de 2007, a Consultoria Técnica de Vigilância Sanitária e o Conselho Regional dos Farmacêuticos não foram consultados. Por meio das declarações da ex-adjunta, os vereadores também constataram que o prédio novo oferecia condições inferiores as do antigo, apesar do valor do aluguel deste ser o dobro.

Outra irregularidade já constatada no relatório da Controladoria do município, usada como base para os trabalhos da Comissão, foi confirmada por Mariza: a manutenção do galpão, que estava sob a responsabilidade da pasta, deveria, na verdade, ser respondida pela Empresa Nacional de Projetos Engenharia e Comércio, contratada sem licitação.

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