quarta-feira, 3 de junho de 2009

Medicamentos: Heráclito Noé diz que distribuição era o "Samba do Crioulo Doido"

Comissão Especial de Investigação entra na terceira rodada de depoimentos

Política, NoMinuto.com
Matéria publicada em 1º de junho de 2009

A Comissão Especial de Investigação aberta na Câmara Municipal para apurar a responsabilidade pela perda de toneladas de medicamentos na Secretaria Municipal de Saúde entra na terceira semana de depoimentos. Na manhã desta segunda-feira (1), o vereador Heráclito Noé definiu como “samba do crioulo doido” a maneira como era feita a aquisição e distribuição dos produtos pela administração passada.

A primeira depoente de hoje, a ex-chefe do Departamento de Material e patrimônio da SMS, Gabriela Fernandes, informou como havia deixado o departamento em “condições para o futuro”. No entanto, não convenceu os vereadores quando disse que a compra e distribuição dos medicamentos era feita de acordo com “a necessidade das unidades de saúde”, mas não havia uma quantidade certa.

Fotos: Elpídio Júnior
Provocada pelo vereador Ney Júnior (DEM), que a questionou se havia um controle para saber se estavam sendo comprados “medicamentos em excesso”, Gabriela Fernandes respondeu que os produtos eram adquiridos à medida que “as unidades, que estão lá na ponta solicitavam. Era a vontade da população que usa os remédios”. A ex-chefe do DMP também declarou que determinados tipos de medicamentos não eram enviados para todos os postos porque nem todos tinham complexidade para recebê-los.

O vereador Heráclito Noé (PHS) criticou a falta de precisão dos dados. “É difícil a gente falar em gestão se não tinha planejamento, a doutora [Gabriela] era pautada pelas unidades de saúde. Não tinha controle, então tinha que dar nisso mesmo. Era um samba do crioulo doido”.

A declaração de Heráclito foi feita logo depois que Gabriela afirmou ter feito uma gestão transparente.


“Eu não sei como se fala em transparência, se nós não temos como precisar esse estoque. A gente fica na base do achismo. É muito pouco para uma comissão como essa averiguar os fatos”, criticou.

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