Política, Tribuna do Norte
Matéria publicada em 19 de junho de 2009

Os vereadores integrantes da Comissão Especial de Inquérito que trata de possíveis irregularidades na conservação de medicamentos, em Natal, ouviram novos depoimentos na manhã de ontem, totalizando 36 em um mês de trabalho. O próximo a ser ouvido será o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves, que será convocado a comparecer ao Legislativo no dia 6 de julho, às 8h30. “Esperamos que ele possa nos dar uma contribuição para que consigamos encontrar a verdade em relação ao objeto da investigação”, enfatizou o presidente da comissão, Hermano Morais (PMDB).
A decisão pela convocação foi tomada após uma reunião dos membros da CEI, que tem como relator Alberto Dickson (PP) e é formada ainda por Ney Lopes Júnior (DEM), Paulo Vagner (PV) e Heráclito Noé (PPS). Esse último ocupou o lugar do vereador Raniere Barbosa (PRB), que participou da administração do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves e deixou os trabalhos exatamente por considerar a comissão tendenciosa contra a antiga gestão.
Na sessão de ontem, os vereadores ouviram o ex-diretor do Centro de Zoonoses, Wiliam de Miranda Bonfim. Ele explicou a aquisição de 20 toneladas de rodenticida (espécie de raticida), que seriam utilizadas em 26 bairros da capital, durante dois anos. Desse total, 7 toneladas foram perdidas porque parte das equipes que realizariam o serviço tiveram de voltar aos seus cargos de origem.
Além dele, também testemunhou o engenheiro da Semov, Walter Câmara, responsável por fiscalizar as obras do galpão de armazenamento dos medicamentos, no Departamento de Material e Patrimônio (DMP), localizado na avenida Antônio Basílio. Ele esclareceu as divergências entre os trabalhos executados e os que foram listados na planilha orçamentária.
A previsão de Hermano Morais é que os vereadores aproveitem, as duas próximas semanas, até o depoimento de Carlos Eduardo, para analisar documentos e rever os testemunhos anteriores. A comissão tem um total de 120 dias para elaborar o relatório final, porém a meta é concluir a investigação na metade do prazo, por volta de 18 de julho.
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