Política, Diário de Natal
Matéria publicada em 9 de junho de 2009

Octávio Santiago // Especial para o Diário de Natal
Depois de ter sido citado em todas as sete rodadas de depoimentos da CEI dos Medicamentos, o ex-chefe do Setor de Abastecimento Médico-hospitalar Odontológico e Laboritarial da Secretaria Municipal de Saúde, Fábio Brennand, peça-chave das investigações, admitiu, na tarde de ontem, na Câmara Municipal de Natal, que descartou, após "decisão salomônica", psicotrópicos vencidos pelos ralos e vasos sanitários do galpão pelo qual respondia.
12diario
Fábio Brennand optou por jogar remédios fora em vez de devolver cargas Foto: Carlos Santos /DN/ D.A Press
Brennand confirmou que, como não havia espaço no local para receber outros lotes de medicamentos, já que o novo endereço tinha um quarto da área do antigo e a incineração não acontecia com a frequência que deveria, o jeito foi solubilizar, em dois baldes, as drogas que agem no sistema nervoso central que estavam fora do prazo de validade e desprezá-las nas saídas de água e privadas do prédio. Segundo o farmacêutico, o episódio, classificado como "erro grave" por ele, aconteceu uma única vez, contrariando outros depoentes.
Os fatos usados por Brennand para justificar o desprezo irregular aparecem nos relatórios do Ministério da Saúde e da Prefeitura de Natal. De acordo com eles, no primeiro galpão, com 10.360 metros quadrados, havia espaço suficiente para armazenar grandes quantidades de medicamentos, diferente do novo espaço, com apenas 2.660 metros quadrados. "Eu tive que escolher entre jogar os remédios vencidos fora ou mandar os caminhões cheios de novos produtos de volta aos lugares de origem. Fiquei com a primeira opção", argumentou o ex-chefe da Samol.
O farmacêutico também afirmou que datar notas fiscais de medicamentos não fazia parte da rotina do setor. Porém, alegou que essa era uma prática antiga, cuja iniciativa não partiu dele, ao contrário do que as servidoras Daniella Araújo e Lorena Veríssimo disseram em depoimento. Lorena, inclusive, voltou a ser citada por Brennand quando a "relação turbulenta" entre os dois veio à tona. Apesar de ter negado a recorrência dos conflitos, Brennand se levantou no plenário para pedir desculpas à também farmacêutica por qualquer eventualidade nos três anos em que trabalharam juntos no Samol que posso te-lâ magoado.
"Não houve envio fora do prazo"
Sobre o possível recebimento de medicamentos às escuras no galpão, Fábio Brennand desmentiu que qualquer lote de produtos tenha sido recebido fora do horário de expediente. A mesma resposta foi dado ao grupo de parlamentares quando questionado sobre o repasse previamente autorizado por ele de remédios vencidos para os postos de saúde da capital. "Nunca mandei um comprimido fora do prazo ou prester a vencer", enfatizou.
O vereador Albert Dickson (PP), relator da Comissão, chegou a pedir, repetidas vezes, para que o farmacêutico emitisse juízos de valor sobre as irregularidades que aconteciam na Secretaria. Porém, Brennand afirmou que havia sido convocado "para relatar e não opinar". Desculpa que também foi usada para a seqüência de perguntas sobre situações hipotéticas feitas pelo vereador Ney Lopes Jr. (DEM).
Na tarde de hoje, os parlamentares que fazem parte da Comissão irão ao encontro da titular da Saúde, Ana Tânia Sampaio. Os ex-secretários Aparecida França e Edmilson Albuquerque foram convocados para segunda-feira da próxima semana. O ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSBD) ainda não tem data para depor.
Depois de ter sido citado em todas as sete rodadas de depoimentos da CEI dos Medicamentos, o ex-chefe do Setor de Abastecimento Médico-hospitalar Odontológico e Laboritarial da Secretaria Municipal de Saúde, Fábio Brennand, peça-chave das investigações, admitiu, na tarde de ontem, na Câmara Municipal de Natal, que descartou, após "decisão salomônica", psicotrópicos vencidos pelos ralos e vasos sanitários do galpão pelo qual respondia.
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Fábio Brennand optou por jogar remédios fora em vez de devolver cargas Foto: Carlos Santos /DN/ D.A Press
Brennand confirmou que, como não havia espaço no local para receber outros lotes de medicamentos, já que o novo endereço tinha um quarto da área do antigo e a incineração não acontecia com a frequência que deveria, o jeito foi solubilizar, em dois baldes, as drogas que agem no sistema nervoso central que estavam fora do prazo de validade e desprezá-las nas saídas de água e privadas do prédio. Segundo o farmacêutico, o episódio, classificado como "erro grave" por ele, aconteceu uma única vez, contrariando outros depoentes.
Os fatos usados por Brennand para justificar o desprezo irregular aparecem nos relatórios do Ministério da Saúde e da Prefeitura de Natal. De acordo com eles, no primeiro galpão, com 10.360 metros quadrados, havia espaço suficiente para armazenar grandes quantidades de medicamentos, diferente do novo espaço, com apenas 2.660 metros quadrados. "Eu tive que escolher entre jogar os remédios vencidos fora ou mandar os caminhões cheios de novos produtos de volta aos lugares de origem. Fiquei com a primeira opção", argumentou o ex-chefe da Samol.
O farmacêutico também afirmou que datar notas fiscais de medicamentos não fazia parte da rotina do setor. Porém, alegou que essa era uma prática antiga, cuja iniciativa não partiu dele, ao contrário do que as servidoras Daniella Araújo e Lorena Veríssimo disseram em depoimento. Lorena, inclusive, voltou a ser citada por Brennand quando a "relação turbulenta" entre os dois veio à tona. Apesar de ter negado a recorrência dos conflitos, Brennand se levantou no plenário para pedir desculpas à também farmacêutica por qualquer eventualidade nos três anos em que trabalharam juntos no Samol que posso te-lâ magoado.
"Não houve envio fora do prazo"
Sobre o possível recebimento de medicamentos às escuras no galpão, Fábio Brennand desmentiu que qualquer lote de produtos tenha sido recebido fora do horário de expediente. A mesma resposta foi dado ao grupo de parlamentares quando questionado sobre o repasse previamente autorizado por ele de remédios vencidos para os postos de saúde da capital. "Nunca mandei um comprimido fora do prazo ou prester a vencer", enfatizou.
O vereador Albert Dickson (PP), relator da Comissão, chegou a pedir, repetidas vezes, para que o farmacêutico emitisse juízos de valor sobre as irregularidades que aconteciam na Secretaria. Porém, Brennand afirmou que havia sido convocado "para relatar e não opinar". Desculpa que também foi usada para a seqüência de perguntas sobre situações hipotéticas feitas pelo vereador Ney Lopes Jr. (DEM).
Na tarde de hoje, os parlamentares que fazem parte da Comissão irão ao encontro da titular da Saúde, Ana Tânia Sampaio. Os ex-secretários Aparecida França e Edmilson Albuquerque foram convocados para segunda-feira da próxima semana. O ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSBD) ainda não tem data para depor.
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