Vereador Ney Lopes propõe disciplina de educação sexual nas escolas

No Minuto.com
Nota publicada em 09 de abril de 2010
Por Melina França

Este é, segundo ele, um dos pilares mais importantes do Projeto de Lei que elaborou sobre as chamadas “pulseiras do sexo”.


Projeto de Lei foi apresentado pelo vereador Ney Lopes Jr.

Durante muito tempo, os pais lançaram olhos duvidosos sobre o ensino voltado para a prevenção do uso de narcóticos nas escolas. Agora, no entanto, existe o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd). “É a mesma coisa hoje, mas com outro assunto: o sexo”, afirma o vereador Ney Lopes Jr. (DEM). De acordo com ele,
faz-se necessária a incorporação de uma disciplina de educação sexual nas escolas.

Este é, segundo ele, um dos pilares mais importantes do Projeto de Lei que elaborou recentemente. O projeto toca ainda na questão da venda e uso das chamadas “pulseiras do sexo”, objetos usados pelos jovens com conotação sexual e que já estiveram associados a algumas mortes e estupros no país. O vereador do DEM comentou sobre este e outros assuntos em entrevista concedida na manhã desta sexta-feira (9) à jornalista Delma Lopes, no Jornal 96 (96 FM).

“Em Londrina, uma garota de 13 foi estuprada em virtude desta pulseira. Um cidadão se aproveitou da situação para praticar o abuso sexual com esta criança”, endossa Ney Lopes Jr. Ele relata também que casos foram registrados no Amazonas e em Mato Grosso. Em Natal ainda não houve nenhuma ocorrência, mas “temos que nos prevenir”.



Segundo o democrata, já chegou perto de ocorrer o primeiro caso. Ele conta que ouviu o depoimento de uma menina que saiu da escola usando a pulseira preta, cor que simboliza “sexo”. Na saída do colégio, ela teria sido abordada por um homem que tentou “arrombar” a pulseira. Isto daria a ele o direito praticar o ato sexual com a garota. “Esta poderia ter sido a primeira ocorrência aqui no Rio Grande do Norte, mas por sorte haviam policiais próximos e tudo terminou bem”, acrescenta Ney Lopes Jr.

Ele diz já ter conversado com educadores, proprietários de escolas particulares e psicólogos sobre o Projeto de Lei. Ainda falta, no entanto, consultar o Ministério Público e as autoridades da Prefeitura e do Governo do Estado. Tão logo isto aconteça, o projeto deve ser apreciado pela prefeita Micarla de Sousa.