terça-feira, 21 de abril de 2009

Vereadores de Natal conferem in loco escândalo dos medicamentos

Blog Pedro Carlos / www.pedrocarlos.com
Matéria publicada em 15 de abril de 2009

Um dos maiores absurdos dos últimos tempos quando o assunto é malversação do dinheiro público foi constatado ontem (14) in loco pelos vereadores de Natal Hermano Morais (PMDB), Ney Lopes Jr. (DEM – na foto inspecionando os remédios), Franklin Capistrano (PSB) e Maurício Gurgel (PHS). Os parlamentares foram até o bairro de Dix-sept Rosado, na Zona Norte, e viram in loco o carregamento de medicamentos vencidos e inapropriados para consumo que a gestão do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSB) deixou de presente para Natal.

Os vereadores saíram do lugar indignados, o que não é de estranhar, afinal de contas quase uma tonelada vai para o lixo por desleixo da administração anterior com o dinheiro público. E ainda há quem critique a prefeita Micarla de Sousa (PV) por ela levar esses absurdos ao conhecimento da população. Não se trata de queda-de-braço, a meu ver, mas de responsabilidade. É por jogar debaixo do tapete a sujeira dos outros, que a maioria dos políticos caiu em descrédito junto à população. Estima-se que o prejuízo ao patrimônio público seja de 10 milhões de reais. Na Unicat, onde a população carente busca remédios gratuitos, centenas de pessoas aguardam na fila por medicamentos. O vereador Hermano Morais chamou a atenção para o descaso com o patrimônio público. “Precisamos apurar se a questão está na falta de distribuição dos medicamentos à população e que por isso acabaram vencendo ou se foram comprados em excesso com o prazo vencido ou perto de vencer com objetivos escusos”, disse.

Segundo o vereador Ney Júnior (DEM) a Câmara poderá criar uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para buscar os responsáveis por esse caso. “Vamos aguardar a conclusão da sindicância instaurada na Secretaria Municipal de Saúde que legalmente tem 15 dias para concluir esse trabalho. Em seguida vamos ver como a Câmara pode atuar, uma vez que também somos fiscais do Executivo. A sociedade precisa saber quem cometeu esse crime. Os responsáveis devem pagar pelo o que fizeram. Ainda não podemos apontar nomes, mas certamente os ex-gestores da Saúde no município estão envolvidos”, destacou o parlamentar.

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