domingo, 24 de maio de 2009

CEI começa a investigar irregularidades

Correio Político, Correio da Tarde
Matéria publicada em 18 de maio de 2009
Por Allan Darlyson

Katarina das Vitórias


Comissão Especial de Inquérito está fazendo levantamento a respeito de documentos da S. de Saúde

Começou na manhã de hoje o planejamento dos vereadores para as ações da Comissão Especial de Inquérito (CEI) dos medicamentos, instalada na Câmara Municipal de Natal (CMN) para investigar o caso o desperdício de toneladas de remédios na gestão do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (sem partido). A instalação da CEI será publicada amanhã no Diário Oficial, mas o trabalho dos vereadores já começou.

A CEI, formada por cinco parlamentares, tem como presidente Hermano Morais (PMDB). O vice-presidente é Ney Lopes Júnior (DEM). E o relator é Albert Dickson (PP). Também integram a comissão os vereadores Paulo Vagner (PV) e Raniere Barbosa (PRB). Na primeira reunião, ocorrida hoje, os membros informaram que vão exigir da prefeitura os documentos correspondentes a processos licitatórios e contratos firmados com empresas terceirizadas, além das notas fiscais oficiais da compra dos medicamentos.

Em entrevista ao CORREIO DA TARDE, Ney Lopes Júnior informou que os depoimentos ouvidos pela CEI deverão começar na próxima sexta-feira (22). A investigação tem prazo de 120 dias para terminar, mas o vereador acredita que o resultado será obtido em cerca de dois meses. O parlamentar ainda fez questão de frisar que a comissão não tem objetivos políticos. "Temos representantes tanto da bancada governista quanto da oposição. Então não há margem para dizer que a CEI é política", afirmou.

Ney Júnior também ressaltou os indícios de irregularidades que serão apuradas no decorrer das investigações. Segundo ele, até 2007 o acondicionamento dos remédios era realizado normalmente, sem irregularidades. Mas, desde aquele ano, começaram a surgir fatos que indicam a existência de atividades irregulares.

"Em 2007, o controle dos medicamentos deixou de ser feito por funcionários da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para ser realizado por um almoxarife, indicado por uma construtora, que emitia notas fiscais sem datas. Há indícios também de que haviam notas frias, entre outras irregularidades. Estamos trabalhando com indícios. No decorrer da investigação, chegaremos a um resultado", garantiu o democrata.

O nome do almoxarife citado por Ney Júnior ainda não foi revelado pelos membros da CEI. Mas o depoimento dele é um dos primeiros da lista dos vereadores, para prestar esclarecimentos.

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