Matéria publicada em 9 de julho de 2009
Crédito: Eduardo Felipe

Legenda: Hoje, segundo dia em que foi convocado a depor, Carlos Eduardo Alves não enviou à Câmara Municipal nenhuma justificativa, como fez na primeira vez, quando encaminhou aos vereadores uma carta
Leonardo Dantas - Repórter
Os vereadores integrantes da Comissão Especial de Inquérito (CEI), que investiga o caso dos medicamentos vencidos no depósito do município, requereram à Procuradoria da Câmara Municipal de Natal, no fim da manhã de hoje, a convocação do ex-prefeito Carlos Eduardo por meio de ação judicial. O antigo gestor faltou pela segunda vez, sem justificativa, à audiência da CEI, a qual foi convocado e reconvocado como testemunha.
Hoje pela manhã, os vereadores Hermano Morais, Ney Lopes Júnior, Albert Dickson, Heráclito Noé e Paulo Vagner, aguardaram até às 9h30, dando 30 minutos de tolerância antes de colocar a falta na testemunha.
Como presidente da CEI, Hermano Morais, lamentou a ausência do ex-prefeito, ressaltando que o cargo ocupado por ele durante seis anos o coloca na condição de esclarecer e dar satisfações. O presidente negou que os vereadores estivessem utilizando a CEI como instrumento de perseguição política, reafirmando que todos os documentos solicitados foram disponibilizados. "Estranhamente durante toda a semana não recebemos nenhum pedido de documentos e nem a visita de seus advogados", relatou o presidente, lembrando que em carta enviado à CEI na última segunda-feira, Carlos Eduardo afirmou não ter tido acesso aos documentos que lhe garantissem uma defesa ou explicação.
Após considerar como frustrante a insistência do ex-prefeito em não comparecer à audiência, o presidente citou a possibilidade de acionar a Justiça, obrigando-o a estar presente como testemunha, o que foi definido no fim da manhã. "Não queremos chegar a usar recurso policial, o que reafirmamos é a necessidade de que sejam prestados os esclarecimentos necessários", afirmou o parlamentar.
Já Ney Lopes Júnior explicava que não haveria uma terceira convocação. "Haverá uma intervenção judicial que, se acatada em primeira instância, deverá motivar o depoimento em uma semana. Caso o ex-prefeito venha a recorrer, acredito que em 15 dias ouviremos o seu depoimento", declarou Ney, após ler com Heráclito Noé os dois textos da convocação, publicados em Diário Oficial.
A CEI dos Medicamentos investiga irregularidades no sistema de armazenamento e distribuição de remédios da Secretaria Municipal de Saúde nos anos de 2007 e 2008. No último dia 6, Carlos Eduardo foi convocado a depor enviando declarações por meio de um comunicado lido pelos vereadores que compõem a CEI em plenário, no horário previsto para o seu depoimento. Hoje, nenhuma justificativa foi enviada pelo ex-gestor.
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