Esse teria sido o motivo para Aparecida França colocar o cargo à disposição, o que não foi aceito pelo prefeito Carlos Eduardo
Política, NoMinuto
Matérias publicadas em 15 de junho de 2009
A ex-secretária de saúde de Natal Aparecida França, em depoimento à Comissão Especial de Inquérito da Câmara Municipal de Natal, na manhã de hoje (15), quando questionada pelo vereador Albert Dickson (PP), relator da CEI, o motivo de ter pedido exoneração ao então prefeito Carlos Eduardo Alves, que não aceitou, justificou que sentia-se pressionada pela opinião pública, o que a levou a colocar o cargo à disposição.
“Defendi e defendo os meus princípios e mesmo tendo pedido exoneração, o prefeito confiou e respeitou a equipe, mantendo-nos na secretaria”, destacou.
Ela falou sobre as dificuldades que sentia, mas que sempre fez questão de trabalhar em equipe e de levar essas dificuldades para aqueles que trabalhavam diretamente com ela, como também para os titulares das outras pastas do município, quando necessário.
Sobre o fato dela afirmar não tido acesso às conclusões do relatório da Vigilância Sanitária quanto aos medicamentos, Aparecida França afirmou que apesar disso, nunca deixou de tomar as devidas providências sobre os problemas que envolviam a secretaria.
“Tínhamos total liberdade para conversar com os demais secretários e tentar solucionar os problemas antes mesmo de levá-los ao conhecimento do prefeito. Muita coisa nós resolvíamos no âmbito da Secretaria de Saúde”, lembrou, acrescentando que outros assuntos, como a dengue, a Maternidade Leide Morais e o Hospital dos Pescadores foram tratados constantemente nos últimos meses da gestão diretamente com Carlos Eduardo.
O vereador Ney Lopes Júnior (DEM) indagou por que não foram tomadas medidas efetivas para melhorar o acondicionamento dos medicamentos. Ela discordou de sua pergunta e disse que foram sim tomadas medidas efetivas. “Entretanto, esse problema só foi detectado no final de 2007, ocasionado pelo aumento da temperatura”.
Ney Lopes Júnior ainda questionou o fato de Aparecida França ter se referido aos membros da CEI como desesperados e ignorantes. Ela justificou, pedindo que desconsiderassem e que não se referia a todos os membros, mas também não disse sobre quem pensava quando disse isso.
“Agradeço a sua pergunta e aproveito a oportunidade para me desculpar e destacar o trabalho importante que vem sendo realizado por esta comissão. “Os senhores têm mostrado uma postura de respeito”, concluiu a ex-secretária.
Segunda-feira, 15/06/2009 às 09h23
Aparecida admite que prédio não era adequado para medicamentos
Ex-secretária presta esclarecimentos na CEI dos Medicamentos na Câmara Municipal de Natal.
A ex-secretária de Saúde de Natal Aparecida França começou agora há pouco a prestar esclarecimentos na sessão de hoje da Comissão Especial de Inquérito que apurar as possíveis irregularidades na gestão dos medicamentos na gestão passada.
A primeira pergunta respondida por Aparecida foi sobre a mudança do prédio onde eram armazenados os medicamentos.
Aparecida admitiu que “também não considerava adequado” o galpão onde passaram a ser armazenados os remédios, na avenida Antônio Basílio, depois que a secretaria teve que entregar o prédio antigo, localizado na avenida Mor Gouveia. “Mas foi uma época muito difícil para que encontrássemos um local”, explicou a ex-secretária.
O relator da CEI, vereador Albert Dickson (PP), indagou se houve falta de empenho da equipe, considerando que o prédio da Mor Gouveia tinha 10 mil metros quadrados, aluguel de R$ 11 mil, enquanto o outro local de armazenamento tinha 2.400 metros quadrados e aluguel de R$ 20 mil.
Segundo Aparecida, no prédio antigo funcionavam dois setores da secretaria, sendo a parte de armazenamento praticamente igual ao novo local. “Mas reconheço que não era um local adequado, como nem mesmo o da Mor Gouveia era”, disse a ex-secretária.
A CEI ouvirá à tarde o ex-secretário Edmilson Albuquerque, que sucedeu Aparecida na Secretaria Municipal de Saúde.
* Mais informações em instantes.
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