domingo, 23 de agosto de 2009

Relatório parcial é distribuído

Política, Tribuna do Norte
Matéria publicada em 5 de agosto de 2009

O relator da CEI dos Medicamentos da Câmara Municipal, vereador Albert Dickson (PP), distribuiu com os demais integrantes da comissão cópias do relatório parcial das investigações, que já incluiriam de 80% a 90% das conclusões. Ele garantiu que o texto final será propositivo e não irá apontar culpados. “Teremos não apenas pontos negativos, mas também positivos”, assegurou, afirmando que o resultado final vai enumerar erros da gestão anterior e da atual, no armazenamento dos remédios.

Uma das propostas, adiantou, será a desvinculação da Coordenadoria de Vigilância Sanitária (Covisa) da Secretaria Municipal de Saúde, uma vez que o órgão tem de fiscalizar a própria SMS. O ideal, considera, é torna-la autônoma e dar condições para que trabalhe em conjunto com o Ministério Público. “A Covisa muitas vezes analisava e não chegava a conclusão nenhuma”, exemplificou.

A ideia do vereador ao distribuir as cópias do relatório parcial é que todos os participantes da CEI (Hermano morais, PMDB; Ney Lopes Júnior, DEM; Paulo Wagner, PV; e Heráclito Noé, PPS) possam opinar a respeito de possíveis mudanças, ou acréscimos. O texto total, que já chegou a ter mais de 80 páginas, passou por um “enxugamento” e agora está com cerca de 50.

De acordo com Albert Dickson, o relatório final pode ir a votação no plenário do Legislativo em dois a três dias, logo que o Tribunal de Justiça se pronunciar a respeito da ação da Câmara que tenta obrigar o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves a testemunhar na comissão. Em primeira instância e também na primeira análise no TJ, o ex-gestor ganhou o direito de não comparecer à CEI. Carlos Eduardo considera que a comissão só tem servido para ampliar o “falso escândalo” divulgado pela gestão atual, sobre supostos problemas no armazenamento de remédios.

Nas últimas semanas, o relator da comissão se viu envolvido em uma polêmica a respeito do contrato da clínica onde atua, e da qual foi sócio, com a Prefeitura de Natal. A Oftalmodonto Center Ltda passou este ano a receber mais de R$ 13 mil por mês (até 2008 eram R$ 3.800) para realizar consultas e exames de pacientes do SUS. Albert Dickson distribuiu documentos com os demais vereadores e fez um pronunciamento na qual que não é mais de sócio da empresa.

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