segunda-feira, 1 de março de 2010

Memória - Ney Lopes

Natal/Refletores da Fama, Tribuna do Norte
Nota publicada em 27 de fevereiro de 2010

Lágrimas de Saudades

Este artigo do jornalista, advogado e ex-deputado federal Ney Lopes, foi publicado no Diário de Natal, em 09 de novembro de 2008. Eu conheci Lurdinha Guerra, aqui e no Rio de Janeiro, na época em que era a representante do Mobral no RN.

(Valério Andrade)

Quis o destino que na sexta, 31 de outubro, visitasse com Abigail o Santuário de Lourdes, na França. Pelo celular, chegou a trágica notícia. A nossa grande amiga, Lurdinha Guerra, acabara de falecer.

Vêm de longe a amizade com Lurdinha. Em todas as eleições em que fui candidato contei com o apoio solidário dela. Sempre acreditamos na valorização da pessoa humana. Considerávamos a política, oportunismo de aproximação com os necessitados para conseguir o voto na urna (...).

Ela era pura e idealista. Lembro que logo após a campanha de Ney Jr., em Natal – na qual teve participação decisiva, - conversou comigo e Abgail no ICTA (Instituto Claudionor Telógio de Andrade) – entidade beneficente que nunca recebeu um tostão de dinheiro público – onde prestava serviço voluntário e gratuito. Avaliamos o quadro eleitoral e as dificuldades de uma campanha de vereador – mais difícil do que deputado federal -, em que o voto é garimpado pessoa a pessoa. Analisamos certos momentos da política, onde muitos almejam apenas o retorno material imediato. O espírito público, de amizade e solidariedade parece desaparecer (...).

Voltei a Natal, depois do compromisso no Fórum Internacional sobre América Latina, na França. Não pude participar do seu sepultamento. No dia seguinte, em telefonema, os meus filhos testemunharam que, no cemitério, pessoas visivelmente carentes e anônimas choraram copiosamente. Deus recebeu Lurdinha Guerra na eternidade, como prêmio pela vida honrada que teve, ao lado da família, dos filhos e da sua mãe, Dona Belmira, com mais de 90 anos – a quem prestava total assistência, com zelo e carinho.

Deus recebeu Lurdinha Guerra na eternidade, como prêmio pela vida honrada que teve, ao lado da família, dos filhos e da sua mãe, Dona Belmira, com mais de 90 anos – a quem prestava total assistência, com zelo e carinho.

No belíssimo Santuário de Lourdes, em frente à gruta onde a Virgem Imaculada da Conceição apareceu à Santa Bernadete, eu e Abigail rezamos e acendemos uma vela em sua memória. Por acaso, o local tem nome de Lourdes. O clima de reflexão e oração fez rolarem, em nossas faces, lágrimas de eterna saudade.

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