quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Vereadores e entidades discutem planejamento urbano

TN online
Matéria publicada em 03 de agosto de 2011

As ações relacionados à expansão urbana e regularização fundiária da Zona Norte de Natal foram tema de audiência pública na manhã desta quarta-feira (3), dentro da programação do projeto Câmara dos Bairros, no Complexo Cultural da Zona Norte.

A audiência contou com a participação de representantes da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte(Fiern), Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) e das secretarias municipais de Mobilidade Urbana (Semob), Obras Públicas (Semopi) e Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), além de lideranças comunitárias da região.

Os trabalhos da audiência foram dirigidos pelo presidente da CMN, Edivan Martins (PV). Também participaram do debate os vereadores Júlia Arruda (PSB), Ney Lopes (DEM), Heráclito Noé (PPS), Adão Eridan (PR), Fernando Lucena(PT), Raniere Barbosa (PRB), Chagas Catarino (PP) e George Câmara (PCdoB).

Edivan Martins destacou a importância de trazer o foco do debate do planejamento urbano da capital para a Zona Norte. "A região Norte de Natal tem um potencial enorme nos campos econômico, turístico e social. É importante que a Câmara possa debater essa questão junto às entidades aqui presentes e também, junto à população",
destacou.

De acordo com dados da Semurb apresentados durante a audiência, a população estimada da região é de 300 mil habitantes, divididos em sete bairros. A região apresenta uma taxa de crescimento populacional de 2,18% ao ano, o que equivale a um fluxo aproximado de 6 mil novos habitantes por ano.

O secretário adjunto da Semurb, Carlos da Hora, chamou atenção para a necessidade de investimentos estruturais na Zona Norte, respeitando as Zonas de Proteção Ambiental (ZPAs) localizadas na região.

"As ZPAs 8 e 9, que estão incluídas dentro da Zona Norte, ainda não estão regulamentadas e englobam áreas com grande potencial. Essa é uma questão fundamental, que precisa a ser observada na revisão do Plano Diretor", enfatizou o secretário.

Para o presidente do Sinduscon, Arnaldo Gaspar, o debate em torno da preservação das áreas ambientais passa necessariamente pela verticalização da região Norte. Segundo Gaspar, para acomodar as cerca de 1.200 famílias que chegam à Zona Norte anualmente, seria necessário necessária uma área de aproximadamente 24 hectares. Por outro
lado, investindo no modelo vertical de construção, a área utilizada seria reduzida para 1,4 hectare.

"A verticalização é uma maneira eficiente de trazer desenvolvimento, desde que se preserve as áreas de proteção ambiental. O Sinduscon, como entidade de representação da construção civil, vai participar do debate de forma aberta, tendo em mente essa responsabilidade com a preservação ecológica", afirmou.

Embora tenham sido convidados a participar da audiência, o Ministério Público e o Governo do Estado não enviaram representantes.

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